A Diabetes Tipo 2 já atinge mais de 30% dos idosos no Brasil e é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares e outros problemas de saúde; Conheça algumas formas de prevenir e controlar a doença
A Diabetes Tipo 2 é uma das doenças crônicas mais comuns no mundo. No Brasil, ela já atinge 10,2% da população geral e 30,3% da população idosa, com idade a partir dos 65 anos, segundo a pesquisa Vigitel Brasil 2023. Esses dados colocam o nosso país no quinto lugar no ranking de incidência da doença no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), ficando atrás apenas de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.
Essa é uma doença causada pela produção insuficiente ou pela má absorção de insulina, que é o hormônio que regula a quantidade de açúcar no nosso sangue. Quando há excesso de glicose no nosso, existe a diabetes, e ela pode prejudicar o funcionamento de diversos órgãos como coração, artérias, olhos, rins e nervos.
Por isso a condição apresenta risco aumentado para doenças cardiovasculares, insuficiência renal, dor crônica e até a perda de visão. O ideal é prevenir ou controlar a doença com algumas estratégias simples elencadas a seguir:
1. Ter uma alimentação saudável
De acordo com o Ministério da Saúde, manter uma dieta equilibrada rica em fibras e com baixo consumo de carnes vermelhas reduzem o risco de desenvolvimento da diabetes. O consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em sal, açúcar e gordura saturada, está diretamente relacionado ao aumento de doenças crônicas como diabetes.
2. Controlar o peso e colesterol
A obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da Diabetes Tipo 2. Segundo a OMS, mais de 70% das pessoas com a doença também têm sobrepeso ou obesidade, o que contribui para a resistência à insulina. Manter um peso saudável, combinado com o controle dos níveis de colesterol e triglicérides, pode reduzir significativamente o risco de complicações.
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3. Práticar exercícios físicos regularmente
De acordo com a American Diabetes Association (ADA), a prática regular de exercícios físicos é fundamental para prevenir e controlar a Diabetes Tipo 2 em idosos. A recomendação é realizar ao menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, como caminhada ou natação.
4. Não fumar
O tabagismo é um fator de risco amplamente reconhecido para diversas doenças, incluindo a Diabetes Tipo 2. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o cigarro contribui para a inflamação crônica e o aumento do estresse oxidativo, que pioram a resistência à insulina.
Além disso, fumantes com diabetes têm um risco significativamente maior de desenvolver complicações cardiovasculares e renais. A American Heart Association (AHA) afirma que deixar de fumar pode melhorar rapidamente a saúde cardiovascular e ajudar no controle da glicemia.
5. Evitar bebidas alcoólicas
O consumo excessivo de álcool está associado ao descontrole dos níveis de glicose no sangue e ao ganho de peso. Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) indicam que o consumo regular de bebidas alcoólicas, especialmente em grandes quantidades, aumenta o risco de complicações graves em pessoas com diabetes.
A recomendação é limitar ou evitar completamente o consumo de álcool para manter os níveis de açúcar sob controle.
6. Avaliar o uso de medicamentos
Conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), em muitos casos, o uso de medicamentos é necessário para controlar a Diabetes Tipo 2 em idosos. Medicamentos como metformina são prescritos para ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue. Em casos mais avançados, o uso de insulina pode ser necessário.
É importante que qualquer tratamento medicamentoso seja supervisionado por um médico, que pode ajustar as doses conforme a evolução do quadro.
7. Manter em dia exames periódicos essenciais
A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda exames periódicos para a detecção precoce da diabetes. Entre os principais exames estão a glicemia em jejum, que mede os níveis de açúcar no sangue, e a hemoglobina glicada, que avalia o controle glicêmico.
De acordo com a Internacional Diabetes Federation (IDF), um diagnóstico precoce pode reduzir consideravelmente o risco de complicações graves, como retinopatia diabética, neuropatia e doenças renais.
Lembre-se de que apenas um médico pode diagnosticar a Diabetes Tipo 2 e indicar o tratamento mais adequado. Manter um estilo de vida saudável e realizar exames periódicos são passos fundamentais para o controle da doença e a melhora da qualidade de vida.
Fontes: Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS), Sociedade Brasileira de Diabetes, International Diabetes Federation (IDF), American Diabetes Association (ADA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).