Doença de Alzheimer: conheça os sintomas, estágios e fatores de risco

Doença neurodegenerativa ainda não tem cura, mas o diagnóstico e tratamento precoce do Alzheimer reduzem sua progressão e melhoram a qualidade de vida de idosos

Homem idoso já apresentando problemas de memória comuns a Doença de Alzheimer (Foto: Satjawat Boontanataweepol/ Canva)
Homem idoso parece frequentemente esquecido e confuso, sinais iniciais comuns a Doença de Alzheimer, que já afeta mais de 1 milhão de pessoas no Brasil.

Episódios de esquecimento podem ficar mais comuns com o envelhecimento, devido às diversas mudanças que nosso corpo e cérebro sofrem com o passar dos anos. No entanto, eles se tornam um alerta para a Doença de Alzheimer quando começam a interferir nas atividades diárias.

Considerado hoje o tipo de demência mais comum no mundo, o Alzheimer responde por até 70% dos 55 milhões de casos estimados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, a doença atinge 1,2 milhão de pessoas e a cada ano mais de 100 mil novos casos são diagnosticados.

O que é tão preocupante em relação a esses números é que o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e por enquanto sem cura. Ela prejudica a memória, compromete as funções cognitivas e costuma provocar alterações profundas no comportamento das pessoas. Embora possa afetar pessoas de qualquer idade, é mais prevalente na população acima de 65 anos.

Embora a doença ainda não possa ser curada, entender os fatores de risco para prevení-la, bem como identificar seus sintomas iniciais, são fundamentais para o diagnóstico precoce que pode retardar o avanço da doença.

Fatores de risco para a Doença de Alzheimer

São apontados como fatores de risco para a doença fatores como: predisposição genética, baixo nível de escolaridade, hipertensão, obesidade, diabetes, tabagismo e consumo excessivo de álcool, embora as causas específicas para o desenvolvimento da doença ainda estejam sob investigação.

Por isso, ainda não é possível curar ou reverter as perdas cognitivas causadas pelo Alzheimer. Mas há perspectivas otimistas com avanços nas pesquisas e no desenvolvimento de novos medicamentos que trazem muitas esperanças para tratar e frear a progressão da doença, especialmente quando identificada em estágios iniciais. 

O uso de alguns medicamentos, combinado com uma alimentação saudável, prática regular de exercícios físicos e estímulos cognitivos, pode desempenhar um papel importante em retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Por isso é tão importante estar atento aos primeiros sinais da doença, pois o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença na qualidade de vida de seus portadores.

Principais sintomas e diagnóstico do Alzheimer

O diagnóstico do Alzheimer é clínico, feito com base em entrevistas com a família, o paciente e observações do médico especialista. As suspeitas são apoiadas por exames de sangue e de imagem (tomografia ou ressonância magnética), além de testes cognitivos. O diagnóstico precoce do Alzheimer é fundamental para retardar a progressão da doença e preservar a qualidade de vida do portador.

É importante ficar atento aos seguintes sinais:

  • Falta de memória para acontecimentos recentes;
  • Repetição da mesma pergunta várias vezes;
  • Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
  • Dificuldade para encontrar palavras para explicar ideias ou sentimentos;
  • Mudanças de humor, irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

Além desses sintomas, o apoio emocional e psicológico profissional tanto para o paciente quanto para a família é fundamental desde o diagnóstico até o tratamento, afinal são muitos desafios impostos pela evolução da doença.

Estágios da Doença de Alzheimer

O quadro clínico do Alzheimer costuma ser dividido em quatro estágios, cada um com características específicas:

  • Estágio 1 (forma inicial): Alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. O paciente pode, por exemplo, esquecer compromissos importantes ou perder-se em lugares familiares.
  • Estágio 2 (forma moderada): Dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia tornam-se comuns, e o paciente pode ter dificuldade em reconhecer rostos conhecidos.
  • Estágio 3 (forma grave): Resistência à execução de tarefas diárias, como tomar banho ou vestir-se. Incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva começam a aparecer.
  • Estágio 4 (terminal): Restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição e infecções intercorrentes. O paciente depende totalmente de cuidados externos para sobreviver.

Mudanças de hábitos para se proteger contra o Alzheimer

Embora o Alzheimer e outras demências ainda sejam considerados enigmáticos, diversas pesquisas indicam que algumas mudanças de hábitos ao longo da vida podem reduzir o risco de desenvolvê-los. Um estudo americano, publicado em 2022, apontou sete importantes atitudes para proteger nosso cérebro e nossa saúde do risco de demências e Alzheimer, inclusive para pessoas com predisposição genética:

  • Permanecer Ativo
    Manter-se fisicamente ativo é fundamental, mas também é importante engajar-se em hobbies, aprender novas habilidades e manter uma vida social ativa, que estimule a mente e fortaleça as conexões cerebrais.
  • Adotar uma Alimentação Saudável
    Priorize uma dieta variada e rica em legumes, verduras, frutas, grãos integrais e carnes magras, como frango e peixes. Essa combinação de nutrientes é vital para a saúde do cérebro.
  • Evitar o Sobrepeso
    A obesidade pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, que estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento de demências.
  • Não Fumar
    O tabagismo está associado a inúmeros problemas de saúde, incluindo lesões cardiovasculares que podem acelerar o aparecimento de demências.
  • Manter a Pressão Arterial Adequada
    A hipertensão e outras doenças cardiovasculares estão entre os principais fatores de risco modificáveis para a demência. Controlar a pressão arterial é crucial.
  • Controlar o Colesterol e a Glicemia
    Diabetes e níveis elevados de colesterol também estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de demências. Manter esses índices sob controle é essencial para a saúde cerebral.
Mulher idosa fazendo exercício de estimulação para o cérebro, essenciais para prevenir e também para tratar o Alzheimer (Foto: Sasirin Pamais/ Canva).

Embora essas mudanças possam reduzir o risco, é importante lembrar que elas não garantem a prevenção total do Alzheimer, mas contribuem significativamente para a saúde cerebral e o envelhecimento saudável.

Cuidados com idosos com Alzheimer

Cuidar de um idoso com a Doença de Alzheimer demanda tempo, dedicação, paciência e, muitas vezes, algum tipo de instrução técnica. Dependendo do estágio da doença, é necessário saber como auxiliar a pessoa em todas as suas atividades diárias, incluindo higiene, autocuidado e alimentação.

Quando a família não consegue ter essa disponibilidade para o cuidado em tempo integral, a solução pode ser contar com a ajuda de cuidadores de idosos profissionais, dedicados e confiáveis. A Health Senior tem um time de cuidadores experientes e oferece todo o suporte para as famílias que precisam de ajuda para cuidar de familiares com Alzheimer e outros tipos de demência.

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Fontes Consultadas: Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Alzheimer’s Association e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

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